quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Patrimônio - dezembro de 2019

Patrimônio e evolução - dezembro de 2019



Evolução do mês (patrimônio): R$ 10293,42 ou 22,06% 

Rentabilidade (sistema de cotas): 3.86%

Olá! Dei uma desanimada e atrasei um pouco a postagem do mês, mas tudo bem, estamos de volta nesse início de ano! Foi um mês muito bom com a segunda parcela do 13º caindo + bônus pela avaliação de desempenho da empresa + alta da bolsa. Nada demais a comentar, estou empolgado para esse ano. Agora que os aportes estão com valores maiores e a carteira já está tomando uma forma legal, vou diversificar mais em outros setores. 

Estou envolvido em vários projetos pica no trabalho. Nossa equipe lida diretamente com vários gestores de alto escalão de uma multinacional e eles estão cada vez mais interessados no que temos feito - já prevejo um volume de trabalho bem grande para este ano com muita coisa a ser feita, estou empolgado! Também tenho conseguido aproveitar bem meu tempo lendo bastante e estou bem feliz com isso.

 Dito isso, recomendo FORTEMENTE o livro The Black Swan, de Nassim Taleb:

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LEIAM ESSE LIVRO. Nassim Taleb era um trader (embora isso não seja muuuuito relevante) e ele fala aí sobre incerteza e nossa estupidez diante dela. Ele argumenta que, diferente do que se costuma acreditar, o mundo é movido por grandes eventos inesperados que são altamente improváveis e que a humanidade como um todo costuma ser incapaz de prever (claro que, olhando em retrospectiva depois, fica tudo óbvio) porque estamos olhando para os lugares errados. Acreditamos que riscos de eventos não muito significativos são maiores e mais significativos do que são de verdade e deixamos passar em branco os eventos mais improváveis e que realmente fazem a diferença. Deixamos de nos expor a oportunidades e nos sujeitamos a desastres.

Naturalmente, também somos muito estúpidos ao tentar prever o futuro. Sempre tentamos fazer isso estendendo o passado e achamos que sabemos de tudo (Taleb chama isso de arrogância epistêmica), então nunca antecipamos esses eventos. Talvez seja realmente difícil de antecipá-los e esse problema pode ser mitigado apenas um pouco, mas podemos pelo menos estar preparados para eles. 

Tem algumas lições excepcionais a serem extraídas do livro que podem valer bem para uma carteira de investimentos (e que eu pretendo aplicar)
  1. Despender um esforço para agarrar qualquer coisa que possa ser uma oportunidade, embora não percebamos isso (porque somos estúpidos ao prever o futuro e antecipar eventos improváveis) - smallcaps que podem ter algum potencial, um convite para um café de alguém que pode alavancar seu trabalho como produtor de conteúdo, algum projeto novo etc. Alguma hora, algum desses eventos pequenos pode fazer uma diferença imensa completamente inesperada, então é bom não deixar passar uma oportunidade.
  2. Buscarmos ao mesmo tempo ser ultraconservadores e excessivamente agressivos ao compor uma carteira de investimentos, sem meio termo - para proteger o patrimônio que não queremos perder com uma parte segura e para realmente nos expormos à possibilidade de ganhos ilimitados. Inclusive, essa é uma lição fundamental que é quase uma regra matemática: devemos procurar pelas oportunidades com um risco controlado de termos uma perda limitada e possibilidades de um ganho ilimitado. Sem alavancagem com derivativos porque isso já é putaria.
  3. (essa se alinha um pouco com a primeira) Não tentar prever o futuro e antecipar o mercado. Sério. Pau no cu dos analistas recomendadores de carteira que preveem uma direção aleatória do Ibov e depois dão uma explicação óbvia do que aconteceu quando a previsão estava errada. Isso é charlatanismo. Ninguém sabe o que vai acontecer no futuro, apenas achamos que sabemos (de novo, arrogância epistêmica) quando fazemos essas projeções e acreditamos cegamente nelas. Não caiam nisso. Apenas tentem conceber as possibilidades para cada cenário e abracem se se encaixar no critério do item 2 (risco de perda limitada com ganho ilimitado).
Voltando para minha carteira. Sim, os valores não batem porque eu atualizei a planilha do Excel no dia 5 normalmente e estou olhando o Trademap hoje (foda-se, são 4 dias em décadas):

Composição (reduzi o tamanho para não vazar para o resto da página, clique para ver se a resolução fica boa):
 
Zoom na parte de ações:
O Trademap soma a % de rentabilidade? Agora que eu percebi...que bug engraçado...
 Aporte do mês passado: foi tudo em TD IPCA+ 2045. Como o 13º entrou aí e aquele bônus da empresa foi no PGBL, a carteira pesou mais para RF. Isso é ótimo, vou aportar direto por uns meses em RV só. 

Aporte desse mês: TAEE11 para aproximar das outras ações. Por enquanto, vou mirar em tentar deixar todas as ações com o mesmo peso. Aporto neste mês e, se até o mês que vem a parte de RV estiver para trás do objetivo, o próximo aporte vai ser em outro setor. Ainda vou ver em qual.

Para esse ano, ainda tenho a expectativa de começar a entrar em FIIs também assim que estiver mais confortável com o nível de diversificação da carteira. Vamos ver que forma ela vai tomando.

Abraços e até a próxima!

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